Sem hipocrisia as coisas funcionam assim: o estado sucateia uma estatal, então apela para a sua venda, pois não tem condições financeiras para mantê-la, contudo, depois de vendida essa empresa, outrora pública, aparece como uma das mais lucrativas do país. Há outra modalidade também. A estatal, transforma-se em cabide de empregos, em nome da governabilidade, e seu déficit é estrondoso, quando já é da iniciativa privada seu lucro é escandaloso.
Consegue-se, com isso, criar o imaginário que o estado é um mau gestor de primeira grandeza e que não deve cuidar de outras áreas, até o momento ao menos, que a saúde, a educação e a segurança. Entretanto, isso é uma meia verdade. Pois, quando o estado quer, consegue que seus bancos e indústrias petrolíferas sejam as mais lucrativas do país. O problema é que a lógica da privatização, somente satisfaz aos países do norte, porque as empresas que compram as estatais de lá são e para lá levam o dinheiro delas, e o seus estados são os que lucram.
Assim, vemos estradas com pedágio e consolamo-nos dizendo que estas estão em melhores condições, porém, já pagamos o imposto do carro que deveria ser usado para manter as estradas (isso é apenas um exemplo do pedreste que lhes escreve), e a iniciativa privada fica a levar o nosso dinheiro, e o estado a levar o nosso dinheiro. Não podemos permanecer apáticos diante dessas situações. Temos que, de alguma forma, exigir que o estado seja o melhor gestor e querer que ele gerencie com extrema qualidade o que a ele deve pertencer para que possa reverter em benefício do contribuinte e não em salários astronômicos de deputados, que também estão a levar o nosso dinheiro.
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