Na década de noventa, já o amava. Mas foi uma relação difícil. O meu rival levava a melhor quase sempre e eu sofria em silêncio ou bradando minha indgnação. Não havia visto o rolo compressor nem a academia do povo. Discutia com o rival, não entendo com que argumentos, pois, hoje, pensando sobre a década passada, eles tinham razão. Mas as coisas mudaram, a América conheceu-nos, o mundo viu que Davi pode vencer Golias. O mundo curvou-se, eu derramei rios de lágrimas de alegria, bem melhores que as de tristeza antes derrubadas.
É assim, meu Internacional, que quando completas 100 anos venho dar-te os parabéns. Não adianta, apesar do futebol haver-se tornado um negócio, os jogadores ganharem milhões, os dirigentes aparecerem e nós, torcedores, sermos apenas sujeitos anônimos, quando os outros passarem nós seguiremos a festejar e a sofrer, a zombar e a discutir. Pois, o clube do povo não é uma instituição, senão uma abstração, um amor que move montanhas, que nos deixa preocupados com medo dos tropeços, que nos deixa extasiados por suas glórias. Amor indiscritível e eterno.
Também não posso deixar de agradecer ao rival, pois sem sua grandeza nossas vitórias seriam menores. Obrigado, colorado. Tu és maior que tudo!
"Colorado, colorado, nada vai nos separar. Somos todos teus seguidores, para sempre eu vou te amar".
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