segunda-feira, 6 de abril de 2009

Conversas

Quanta experiência ganha-se em conversas despreocupadas com pessoas que cruzam por nós em diversos momentos. Refiro-me a situações, em certos lugares como a venda da esquina, o consultório médico, o bar que freqüentamos, e pessoas que, talvez, em outras condições não seriam alvo de assunto.
Pessoas mais velhas, geralmente, têm muito a oferecer, compartilham suas experiências de tempos idos e mostram algo que não encontramos na história e, às vezes, nem na literatura. Pessoas das camadas mais populares cuja percepção dos fatos é excluída dos cânones. Sujeitos que sentiram na pele as mudanças que afetaram a todos, mas que castigaram mais a elas, e muitas vezes têm dificuldade de expressar o que passou, mas o fazem da maneira que o sentiram.
Por vezes, agimos preconceituosamente e não damos valor a uma pessoa sentada ao nosso lado e, depois de perguntarmos se vai chover e estabelecermos a comunicação, observamos que quem pouco poderá oferecer, a essa pessoa, somos nós. É positivo aprender na vivência, trocar percepções que vêm de pontos de vista diferentes.
Portanto, é interessante não desprezar as pessoas, pois temos muito a perder com isso. Deixamos de descobrir um universo novo. Ouvir também é aprender, e ouvir histórias de outros é aprender como se viveu, para termos consciência de como viver.

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