Não sabia o que escrever, pois não sempre se vence a luta com as palavras. Luta árdua e complicada, que quando a estamos vencendo vemos fluir como um rio dezenas de frases e idéias que se entrelaçam, mas quando as palavras negam-se a aparecer e nos fazem suar de aflição, começamos a sentirmo-nos derrotados.
Então, percebi que já havia algo para escrever: a dificuldade de ter algo para escrever. Pois não digo. Estava parado nesse último ponto escrito depois de escrever, logo acima, há algum tempo, porque as palavras se estão escondendo de mim. Ah! Terrível luta esta. Não sei se vocês já passaram por isso, mas concordemos que é angustiante.
Enfim, deixo-os, porque notei que hoje, por mais contraditório que possa parecer, não consiguirei escrever nada.
2 comentários:
E mesmo assim está nossa alma ali,na ponta dos dedos a espera delas para poder vagar...já me senti assim também e é como se fossemos prisioneiros sem grades...dá uma impotência,uma angustia...mas elas retornam,elas sempre retornam...também precisam perder-se para encontrar-se assim como nós...as palavras ,ah as palavras, que poder sobre nós!!!!!
Sim. Somos frágeis reféns delas para tudo. Pois sem elas não podemos dizer que amamos, nem o que inventamos. Um poeta europeu de cujo nome não me lembro dizia que o verdadeiro poeta era aquele que ia ao doutor e não sabia somente dizer o que doía, mas como doía.
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