A seca castigava e segue a castigar a metade sul do estado. Contemplei as gotas pluviáis que não resolverão o drama da estiagem, porém melhorarão um pouco o problema. O plúvio escureceu o céu e trouxe a esperança de que a água retornasse à terra. E, assim aconteceu.
Fiquei contente, pois não me lembrava de como era a chuva, do seu cheiro, da sua atmosfera. Também fiquei feliz por centenas e centenas de famílias de pequenos agricultores e produtores de leite que estavam amargando uma vida de privações, pois a natureza não os estava ajudando. A natureza?
Creio que não. O trabalho feito com tanto esmero pelo homem em devastar o seu meio, já está dando os primeiros frutos. O homem deve algrar-se de estar começando a terminar com o planeta. Pois, desde a segunda revolução industrial, a sua atividade sempre tem, em primeiro ou segundo plano, a capacidade da destruição. Grande homem, pequeno em relação ao planeta, mas unido mostra como podemos derrotá-lo. Como empregamos bem a nossa inteligência!
Agora, muitos, como eu, estão felizes pela chuva, porém, no fim do ano passado, vimos quantos choraram, padeceram, deprimiram-se pela chuva que destruiu, matou e desalojou mais de uma centena de milhar de pessoas em Santa Catarina.
Se a felicidade vem de situações que não são corriqueira e sim inesperadas, fico feliz com a chuva e triste por ter de ficar feliz por ela.
Um comentário:
Adorei este texto.
Me lembrou muito chuva, um poema lindíssimo de Fernando Pessoa, é perfeito, quando puder leia-o com a música chuva de Zélia Ducan.
ABRAÇOS!!!
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