quarta-feira, 4 de março de 2009

Mais e menos

Os dias estão a passar mais rapidamente e notamos que uma coisa mais é uma coisa menos. Então, um livro que terminamos de ler e pensamos ter lido mais um, se conseguíssemos vislumbrar os fotos desde a linha chegada, alcançaríamos a triste resposta de que esse foi menos um livro em relação à totalidade que leremos durante a nossa existência.
Essa lógica que temos, nós ocidentais, de ficar felizes ao terminar algo é completamente oposta à maneira como encaramos a morte. Pois, sempre que terminamos um trabalho, uma gestação, uma idéia, uma refeição, sentimo-nos felizes por o termos feito. Comemoramos, inclusive, o começo de um novo ano, que acontece no átimo subseqüente ao término do qual estávamos a viver, ou seja, para nossa percepção são, praticamente, acontecimentos simultâneos. Contudo, choramos, deprimimo-nos, não aceitamos a morte como fim de uma existência. Deveríamos orgulhar-nos com a morte. Claro, que a nossa própria morte não teríamos como festejá-la, haja vista que estaríamos mortos.
Mas, essa lógica é tão lógica, que, logicamente, não comemoramos a morte, mas festejamos nosso aniversário, que é um ano de vida mais, sem pensarmos que é um ano de vida menos.
Parabéns a mim que neste momento escrevi um texto mais, ou um men...

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