sexta-feira, 20 de março de 2009

Caos

Como é difícil tratar de "ciências" humanas em nossa sociedade. Temos, desde o princípio de nossa criação (familiar), ensinamentos cujo objetivo é desenvolver uma capacidade lógica e prática em nós. Somos acostumados a pensar nas coisas em linha reta e a classificá-las conforme paradigmas socialmente construídos. Como é inteligente aquele menino que consegue executar tarefas de organização lógica. Como é arguta aquela menina que consegue perceber a que família pertencem os objetos que a rodeiam. Porém, quando pensamos na filosofia, literatura, ciências sociais, etc. vemos o quão caóticas são essas áreas do conhecimento.
Provavelmente, neste momento, haja algum leitor que esteja contestando o termo caótico, concebendo-lhe valor negativo. Se esse fato ocorreu, verificamos como valorizamos a lógica no sentido de: maneira de raciocinar. Pois não pensemos no caos idealístico como algo defectivo, senão como uma outra forma de ver o funcionamento das coisas.
Se começamos a problematizar os fatos, notamos o díficil que é a tarefa de classificá-los em grupos exclusivos ou inclusivos, pois não podemos tirar a utopia da liberdade do todo. Ou seja, quando definimos um determinado fato como correspondente a uma cela específica, retiramos-lhe a liberdade de, simultaneamente, ser outro.
Nós, seres humanos, somos de maneira tautócrona, homens ou mulheres, mães e filhas, sobrinhos e tios, provedores e providos, etc. Portanto, quando argüimos sobre a maneira caótica como se organiza (parodoxo) a área das humanas, respondem-nos que assim funciona o homem. O parodoxo é que é o ser humano é qume defende a lógica como um valor positivo e assaz estimável. Logo, essa é a prova do paradoxal e caótico que somos. Ficou claro ou texto está um pouco desorganizado?

Nenhum comentário: