sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Panegírico ao egoísmo

Dizemo-nos convictos em uma porção incomensurável de fatos. Costumamos dizer, freqüentemente, que somos de esquerda, que somos de direita, que somos crentes, que somos ateus, enfim uma infinidade de noções que consideramos inabaláveis. Porém, à medida que o tempo passa e faz que as coisas ao nosso redor mudem, mudamos também.
Parece-me que certas coisas, ou quase todas, sentirmos, pensarmos, etc. escolhemos por uma razão bastante egoísta que não a devemos reprochar, que é: sentirmo-nos bem.
Prefiro evitar estar com pessoas que não me agradam ou enfastiam-me, portanto a amizade é a maior prova de egoísmo, pois escolho, ou melhor aceito ou conquisto a amizade de outrem porque me vai bem.
As crenças, sejam elas políticas, religiosas, filosóficas, também são uma maneira de buscarmos uma resposta satisfatória para angústias pessoais ou coletivas, logo satisfazer-se através de uma mudança ou explicação que envolva a coletividade também é egoísmo puro. Desde esse prisma, os comunistas são tão egoísta quanto os fascistas.
Então, será que existe alguém que não seja egoísta, pelo menos uma vez? Duvido. Talvez, os mais alienados sejam os menos egoístas. Venerarei o egoísmo! Pelo menos enquanto isso satisfizer-me.

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