Na Venezuela, há também, depois da metade dos anos de governo cumpridos, um plebiscito para que o povo decida se o presidente deve cumprir seu mandato integralmente ou deve-se convocar uma nova eleição. É bastante curioso como, em países nos quais não somente o governo, mas também o poder mudou de mãos, começa-se a falar em terrorismo, totalitarismo e censura.
Acho, que na Améria Latina, vive-se uma crise de quadros, ideologias e organizações políticas, talvez, nunca vistas outrora. Também penso que Chávez é um populista, um dos últimos caudilhos americanos, tão criticados em outros tempos pela esquerda e, hoje, devido a essa carência acima mencionada, este presidente seja um herói da esquerda. Talvez, seja ele o melhor produto que nossa sociedade produziu e antes um Chávez que um Collor, embora este também tenha mudado o eixo do poder no Brasil. Vejam bem, causa-me ojeriza pensar que Collor tenha sido presidente da república, mas hemos de concordar que ousou redirecionar o poder dos mandatários nacionais para mandatários regionais, o que para o povo significava seguir na miséria e para os donos do país sentirem-se rebaixados a meros socios minoritários, logo vimos o que aconteceu e aprendemos a lição que, em países da América, devemos manter o poder nas mesmas mãos, o único que pode mudar são os governos.
O que quero dizer é que seria saudável uma experiêcia com um governo e o poder em mãos distintas das quais estão há tantos anos e para isso o apoio popular não é somente indispensável, mas a pedra fundamental.
Parabéns aos venezuelanos por poderem, mesmo com tanta pressão dos antigos donos da Venezuela, exercer seu direito a escolher o caminho que querem seguir. E dentre todos o melhor.
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