Que a passividade do homem em relação à sua vida seja, talvez, uma das maiores afinidades que os sujeitos contemporâneos apresentam é, provavelmente uma constatação. Digo isso porque todos já ouvimos que a vida é feita de escolhas, porém a questão fundamental não são escolhas entre verde e vermelho, ou quero ser isto ou aquilo, mas escolhas que fazemos constantemente, muitas delas incoscientes.
A simples escolha entre o usar a palavra escolha ou a palavra eleição, já mostra uma eleição (que não escolha neste momento) que fazemos continuamente em nossas vidas. Optar por lamentar-me ou expressar indignação é uma eleição mais importante que ficar pensando se visto camisa ou camiseta, embora a totalidade de nossa existência não exclua uma nem outra.
O ponto ao qual quero chegar é que nos lamentamos, mas assistimos a tudo de maneira passiva, pois parece haver uma escolha generalizada em nós mesmo que exclui todo o tipo de postura crítica e atuante quando isso não for estritamente necessário para beneficiarmo-nos a nós mesmos.
Por tais motivos observamos em outras épocas complicadas da história, movimentos que se manifestaram e tentaram construir uma alternativa aos problemas existentes e, em nossos dias, apesar das guerras e a crise financeira que enfrentamos vemos o movimento Emo proliferar-se, pois a vida é triste. Enfim, cada um com suas escolhas. Mas não nos esqueçamos que nossas escolhas entre o que dizer e o que fazer, a maneira como nos postemos diante das situações que enfrentarmos resultará em nosso legado ao futuro e não somente a um futuro que não assistiremos, mas ao nosso futuro.
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