sábado, 28 de fevereiro de 2009

Imagine se...

Imagine se pudéssemos saber o que o outro está a pensar. Não sei qual visão teria eu sobre tal acontecimento, pois poderia ser positivo ou negativo. Parece óbvio? e é.

Se soubéssemos o que outrem pensa, a sinceridade não seria um virtude e a hipocrisia um defeito, aliás não haveria essas categorias, pois não poderíamos esconder fatos e idéias , demonstrar uma afetação de uma coisa que não somos. Eis aí uma diferença substancial, seríamos realmente transparentes. Porém seríamos tediosos, a literatura não teria graça ou talvez nem houvesse literatura, pois tudo já estaria de antemão revelado. Idéias que suspeitamos que outrem tem de nós seriam escrachadas em nossas faces e intelecto, sem que nos pudéssemos esconder do que não somos capazes de suportar. Contudo, não teríamos a paranóia e a desconfiança, sofreríamos muito e não sou capaz de perceber como externaríamos nossa raiva, porque não poderíamos dizer tudo o que quiséssemos a outra pessoa, pois esta já o saberia o que se passava pela nossa mente, seriam palavras ao léu.
As guerras começariam a devastar o planeta, porque a diplomacia, que é a grande arte da falsidade, não poderia ser exercida. Uma conferência da ONU e basta. Presidentes trocando socos e empurrões, notícias divulgando esquemas fraudulentos para determinados países manterem-se na sua privilegiada posição, descobertas de avanços em desenvolvimento de energia atômica. E não existiria mais isto que chamamos de mundo.
Só tenho a agradecer que haja a desfaçatez e a sinceridade somente deva ser exercida em momentos corretos. Sim, porque a sinceridade simplesmente é uma virtude quando aparece na hora apropriada. Portanto, como isso é apenas uma situação imaginária e não podemos saber o que o outro pensa, para que isso ocorra basta deixar um comentário aqui, o mais falso possível.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Panegírico ao egoísmo

Dizemo-nos convictos em uma porção incomensurável de fatos. Costumamos dizer, freqüentemente, que somos de esquerda, que somos de direita, que somos crentes, que somos ateus, enfim uma infinidade de noções que consideramos inabaláveis. Porém, à medida que o tempo passa e faz que as coisas ao nosso redor mudem, mudamos também.
Parece-me que certas coisas, ou quase todas, sentirmos, pensarmos, etc. escolhemos por uma razão bastante egoísta que não a devemos reprochar, que é: sentirmo-nos bem.
Prefiro evitar estar com pessoas que não me agradam ou enfastiam-me, portanto a amizade é a maior prova de egoísmo, pois escolho, ou melhor aceito ou conquisto a amizade de outrem porque me vai bem.
As crenças, sejam elas políticas, religiosas, filosóficas, também são uma maneira de buscarmos uma resposta satisfatória para angústias pessoais ou coletivas, logo satisfazer-se através de uma mudança ou explicação que envolva a coletividade também é egoísmo puro. Desde esse prisma, os comunistas são tão egoísta quanto os fascistas.
Então, será que existe alguém que não seja egoísta, pelo menos uma vez? Duvido. Talvez, os mais alienados sejam os menos egoístas. Venerarei o egoísmo! Pelo menos enquanto isso satisfizer-me.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Corroboram

As pérolas do ENEM corroboram o que foi escrito ontem:


01) "o problema da amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta."
02) "A amazônia é explorada de forma piedosa."
03) "Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar o planeta."
04) "A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu."
05) "Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta."
06) "O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação."
07) "Espero que o desmatamento seja instinto
08) "A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo."
09) "A emoção de poluentes atmosféricos aquece a floresta."
10) "Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis."
11) "Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas."
12) "Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna."
13) "Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza."
14) "A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica."
15) "A amazônia tem valor ambiental ilastimável.."
16) "Explorar sem atingir árvores sedentárias.."
17) "Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia
18) "Paremos e reflitemos."
19) "A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas."
20) "Retirada claudestina de árvores."
21) "Temos que criar leis legais contra isso."
22) "A camada de ozonel."
23) "a amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor."
24) "A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas, sem coração."
25) "A amazônia está sofrendo um grande, enorme e profundíssimo desmatamento devastador, intenso e imperdoável."
26) "Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação."
27) "Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises."
28) "A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos governantes."
29) "O povo amazônico está sendo usado como bote expiatório."
30) "O aumento da temperatura na terra está cada vez mais aumentando."
31) "Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc."
32) "Convivemos com a merchendagem e a politicagem."
33) "Na cama dos deputados foram votadas muitas leis."
34) "Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta amazonia."
35) "O que vamos deixar para nossos antecedentes?"
36) "A fiscalisação tem que ser preservativa."
37) "Não podem explorar a Amazônia de maneira tão devassaladora."

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Amai-vos e multiplicai-vos

Fico impressionado com a proliferação de cursos, faculdades e universidades no país. Atualmente, surge, creio que quase diariamente, um novo curso de graduação no Brasil. Existe também o ensino a distância que se prolifera, como uma peste da falta de acedemicismo. Penso que é maravilhoso que mais pessoas acessem os conhecimentos da humanidade, porém, não é com essa finalidade que os cursos de graduação são vistos pela maioria de seus acadêmicos.
Existe, desde o princípio da educação fundamental, uma grande falha no nosso sistema. Falha esta que somente agrava-se, devido a diversos fatores, mas entre eles, o péssimo salário dos docentes e sua falta de preparo e conhecimento, o que faz o círculo fechar e viciar-se. Escutamos, pelas ruas e dentro da própria academia, que o diploma universitário representa, não somente o passaporte, mas também o visto de entrada de diversas pessoas no maravilhoso país do concurso público e a certeza de que, pelo resto da vida, haverá a garantia de salário no final do mês. Portanto, vemos uma quantidade exagerada de pessoas, para as quais o conhecimento é o que menos importa, o relevante é ser aprovado e concluir o curso no menor tempo possível. Depois disso, vemos o passo seguinte, uma quantidade não menos enorme de profissionais habilitados para uma determinada área sendo reprovada em concursos que nada tem a ver com o que estudaram e, em relação ao seu campo do saber não possuem o conhecimento suficiente, pois o ignoraram para agilizar o processo acadêmico. Então observamos, nesse momento, pessoas que ingressam ao mercado de trabalho em uma área que não é nem a qual se habilitaram, e muito menos a que almejaram. Logo, presenciamos a falta de profissionais capacitados em setores produtivos da economia.
Portanto, reergamos as escolas técnicas, mas uma escola técnica, que não seja somente técnica e que traga conhecimento às pessoas. Ou seja, direcionemos um pouco o conhecimento prático sem excluir o teórico e abstrato. Não quero manifestar qualquer espécie de arielismo do século passado. Mas creio, que o conhecimento teórico deve ter em algum momento um fim prático, nem que essa prática seja o prazer, o deleite.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Escolhas

Que a passividade do homem em relação à sua vida seja, talvez, uma das maiores afinidades que os sujeitos contemporâneos apresentam é, provavelmente uma constatação. Digo isso porque todos já ouvimos que a vida é feita de escolhas, porém a questão fundamental não são escolhas entre verde e vermelho, ou quero ser isto ou aquilo, mas escolhas que fazemos constantemente, muitas delas incoscientes.
A simples escolha entre o usar a palavra escolha ou a palavra eleição, já mostra uma eleição (que não escolha neste momento) que fazemos continuamente em nossas vidas. Optar por lamentar-me ou expressar indignação é uma eleição mais importante que ficar pensando se visto camisa ou camiseta, embora a totalidade de nossa existência não exclua uma nem outra.
O ponto ao qual quero chegar é que nos lamentamos, mas assistimos a tudo de maneira passiva, pois parece haver uma escolha generalizada em nós mesmo que exclui todo o tipo de postura crítica e atuante quando isso não for estritamente necessário para beneficiarmo-nos a nós mesmos.
Por tais motivos observamos em outras épocas complicadas da história, movimentos que se manifestaram e tentaram construir uma alternativa aos problemas existentes e, em nossos dias, apesar das guerras e a crise financeira que enfrentamos vemos o movimento Emo proliferar-se, pois a vida é triste. Enfim, cada um com suas escolhas. Mas não nos esqueçamos que nossas escolhas entre o que dizer e o que fazer, a maneira como nos postemos diante das situações que enfrentarmos resultará em nosso legado ao futuro e não somente a um futuro que não assistiremos, mas ao nosso futuro.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

O que nos resta

Quando creio que se criou, no imaginário das pessoas, uma consciência em relação aos problemas que assolam o nosso pequeno lar, deparo-me com situações revoltantes e com atitudes que deixam entrever a falta de preocupação com a Terra.
Passar por pessoas que estão a lavar calçadas, com mangueiras jorrando água, como se esta fosse um bem renovável já é algo, infelizmente, muito comum de se ver. Pessoas que usam sacolas plásticas, com a mesma freqüência que as pedem nos comércios, sem importar-se com o fim que elas terão, parece-me mais comum a cada dia. Observar a maneira como desperdiçamos energia elétrica, como se esta fosse gerada de maneira limpa e não com água, e ainda pior, às vezes com energia térmica, ou seja poului-se produzindo energia para poder poluir.
Triste pensar, que ainda nos olham como se fôssemos seres estranhos que estão com preocupações que não passam de bobagens quando pedimos para alguém tentar economizar água ou energia, quando reclamos do governo que não investe em energia limpa como a fotovoltaica, ou em filtros que limpem a água que se esvai pelo ralo para que a possamos usar novemente em nossos vasos sanitários, mas quando vemos que ainda há milhares e milhares de famílias que não têm acesso à água tratada, entendemos que esses gastos são supérfluos, pois para que gastar em algo que já vai acabar, se podemos usar o dinheiro dos contribuintes na máquina para mantermo-nos no poder e seguir a fazer programas assistencialistas? E ninguém faz nada para que se possa criar a consciência, em todas as esferas da sociedade, que devemos cuidar o resto do planeta que ainda temos.
Batamos palmas ao progresso e às suas melhorias. Bravo, tempos modernos, bravo!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Viver sem saber

A nossa pequenez nos faz buscar explicações para coisas que se dão ao acaso, al azar, como se diria na língua de Borges. Temos uma constante busca da explicação de o porquê de nossa existência, de o que fazemos no mundo. E, dessa busca vivem, desde diferentes perspectivas, a religião e a filosofia.
Assim vamos vivendo as nossas vidas, procurando explicações e soluções para problemas que se vão criando entre (permito-me usar uma metáfora para vida, criada por um músico amigo, chamado João) a semente e a flor. Porém, é assustador e pessimista pensarmos em que não há explicações e tudo o que fazemos é malograr o nosso tempo a buscá-las.
Se pensarmos que somos nada mais que uma pequena parte do todo e que o fim de nossas vidas, além da saudade que deixaremos aos demais, é o fim total e eterno de nossas existências, podemos beirar o desespero de que fazemos tudo em vão e que somos os melhores em ordenar da pior maneira nossos valores e necessidades. Ou seja, todo o êxito que possamos alcançar, todo o trabalho dispensado ao longo dos anos de saúde, o tempo livre nos tempos de enfermidade e as preocupações com um futuro que será sempre futuro, pois o único que há é o presente, são simples formas de ocuparmo-nos enquanto a morte não chega e tivermos a dúvida se vivemos bem nossa vida. Ser ou não ser? Eis a questão.
Acho, desoladoramente, que todo o esforço gasto para que posteriormente possamos desfrutá-lo é em vão. Erigimos nossas casas, compramos nossos automóveis, enfim futilidades, mas também enchemos o nosso espírito de conhecimento e experenciamos fatos, tornamo-nos cultos, essas são outras futilidades. Se tudo terminará e por mais que possamos fazer outros sentirem a nossa falta, esta passará também, assim como nós passamos.
Fica o apelo: Vivamos! Sem medo de viver! Ou seja: Carpe diem.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

El Anacoreta

Como é bom ver novidades realmente novas e não uma simples reformulação de algo e sua apresentação como uma novidade. Melhor ainda quando a novidade traz consigo, ironicamente, algo que já foi dominante e, hoje, apresenta-se de forma não residual, mas arcaica. Falo de um blog.
O blog http://www.elanacoreta.com.ar/ é uma novidade, pelo menos para mim. O site é um romance lançado aos poucos, um romance postado, que traz à tona a já esquecida técnica dos folhetins que foi de tamanha importância para consolidação da literatura e, por conseguinte, da cultura nacional.
O blog argentino tem um autor que conta com uma extraordinária técnica narrativa e um argumento recuperado de um filme homônimo espanhol da década de setenta, embora possa-se dizer que o site conta com tremenda originalidade.
Parabéns, sigiloso amigo! Oxalá tenha longa vida teu blog. E a todos que leiam em espanhol faço a recomendação: http://www.elanacoreta.com.ar/

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Evolução?

Não entendo como podemos dizer que somos mais "evoluídos" que outras sociedades, pois estamos "progredindo" de forma mais rápida do que nunca. Não entendo esses termos. Não tenho capacidade para perceber a teleologia da existência, porque se vamos indo para frente, chegaremos a um determinado fim.
Somos mais evoluídos que as pessoas do século XVIII porque temos carros, celulares, internet, aceleradores de partícula, etc.? Somos menos evoluídos que os habitantes do futuro porque não temos uma gama de inventos que estão a esperar que se os descubra? Não entendo!
Realmente não entendo. Pois, há dez anos eu não sentia falta da internet, há quinze não sentia falta do computador e há menos tempo ainda não sentia falta de aparelhos de telefonia celular e conseguimos sobreviver. Ninguém sente falta do que não há, ou melhor do que não se sabe que há. Vemos casos de celulares que salvaram pessoas em situações de urgência, mas vemos também as baterias de celulares acumulando-se e danificando ainda mais o nosso meio ambiente. Vemos computadores que aproximam pessoas de diferentes partes do mundo, mas também vemos as pessoas cada vez mais isoladas do mundo real e vivendo sua realidade na virtualidade cibernética da web. Vemos pessoas que têm acesso a mais informação e pessoas matando outras pelo simples fato de matar. É realmente incrível como evoluímos.
Como eram atrasados aqueles índios que não conheciam carros e aviões e viviam em sociedades igualitárias nas quais o roubo era um vocábulo inexistente. Como eram atrasados os gregos antigos que ficavam sem trabalhar para evoluir, simplesmente pensando na existência do ser e o seu porquê. Irônico, não?
Somente espero que não sigamos progredindo nesta velocidade abrumadora, porque dessa forma chegaremos muito rapidamente ao fim.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Chávez

Há alguns que estão lendo a vitória da possibilidade de reeleições ilimitadas, na Venezuela, como uma máscara para uma ditadura. Não tenho como concordar com essa hipótese, pois, em nenhuma ditadura consulta-se o povo para saber se alguém pode estabelecer-se no governo por tempo indeterminado.
Na Venezuela, há também, depois da metade dos anos de governo cumpridos, um plebiscito para que o povo decida se o presidente deve cumprir seu mandato integralmente ou deve-se convocar uma nova eleição. É bastante curioso como, em países nos quais não somente o governo, mas também o poder mudou de mãos, começa-se a falar em terrorismo, totalitarismo e censura.
Acho, que na Améria Latina, vive-se uma crise de quadros, ideologias e organizações políticas, talvez, nunca vistas outrora. Também penso que Chávez é um populista, um dos últimos caudilhos americanos, tão criticados em outros tempos pela esquerda e, hoje, devido a essa carência acima mencionada, este presidente seja um herói da esquerda. Talvez, seja ele o melhor produto que nossa sociedade produziu e antes um Chávez que um Collor, embora este também tenha mudado o eixo do poder no Brasil. Vejam bem, causa-me ojeriza pensar que Collor tenha sido presidente da república, mas hemos de concordar que ousou redirecionar o poder dos mandatários nacionais para mandatários regionais, o que para o povo significava seguir na miséria e para os donos do país sentirem-se rebaixados a meros socios minoritários, logo vimos o que aconteceu e aprendemos a lição que, em países da América, devemos manter o poder nas mesmas mãos, o único que pode mudar são os governos.
O que quero dizer é que seria saudável uma experiêcia com um governo e o poder em mãos distintas das quais estão há tantos anos e para isso o apoio popular não é somente indispensável, mas a pedra fundamental.
Parabéns aos venezuelanos por poderem, mesmo com tanta pressão dos antigos donos da Venezuela, exercer seu direito a escolher o caminho que querem seguir. E dentre todos o melhor.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Voltei


Retorno após alguns dias e confesso-lhes que a falta de treinamento na escrita que mantinha quase que diariamente neste blog me assusta um pouco. Tive a oportunidade de conhecer um pouco mais deste pequeno, porém belíssimo país que é o Uruguai.

O seu litoral é de uma beleza incrível e sua gente muito gentil e hospitaleira. impressionou-me, porém, a falta de uruguaios conhecendo, passeando, visitando o seu magnífico território. Quase a totalidade das pessoas era argentina, brasileira, européia ou chilena.

Visitamos praias recônditas, as quais tinham uma população de andarilhos e brindavam uma paisagem deslumbrante. Vivemos como se vivia antigamente, ou melhor, como se vive, ainda hoje, em diversos lugares onde a luz não chegou e aprendemos a passar o tempo conversando e observando o que nos rodeava.

Enfim, isto não é um informe turístico, mas gostaria de dizer que valeu a pena e que é, realmente, bom estar de volta.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Até logo

Apesar de ter vivido quase cinco meses na Argentina, ter conhecido lugares e pessoas maravilhosas, ter experimentado situações que mudam a qualquer ser humano, viajo agora com o intuito de conhecer lugares e pessoas em uma condição diferente: férias.
Alguns dias este espaço ficará sem postagens novas. Sempre que tiver a oportunidade, escreverei, pois estou adorando esta experiência. Saio para fazer turismo, mas um turismo diferente na categoria de mochileiro. Diferente como escreveu, brilhantemente, Anne Machado (minha namorada) em sua tese sobre a motivação dos mochileiros. Neste maravilhoso trabalho, em pontos gerais, a autora separa os turistas em duas categorias: a dos turistas que viajam com o interesse em conhecer lugares diferentes, que vão aos pontos turísticos e que não se importam com o funcionamento da comunidade visitada; e os viajantes que além de conhecer o lugar, tentam experimentar a vida de tal comunidade, conhecendo pessoas e integrando-se ao local. Viajo com o intuito de conhecer lugares, mas acima de tudo, conhecer pessoas, de conhecer vidas.
Isto é fantástico, o problema é que muitas vezes o financeiro não permite que o façamos, por isso saimos com nossas mochilas e barracas e um casal de amigos, para vivermos alguns dias juntos em um ambiente diferente do qual estamos acostumados. Posso garantir-lhes que será uma bela experiência, pois, ainda hoje, estava aqui em Santa Maria com amigos que conheci na Argentina provenientes de diferentes partes do Brasil de América Latina.
Desejo a todos ótimas férias. E para nós uma boa viagem por este lindo país que é o Uruguai. Até breve.