Sigamos na bufa política, porque este país é uma comédia, com bufões no palco e na platéia, em um círculo vicioso que tende ao infinito. Não sei mais o que dizer a respeito desta mediocridade cuja força do torvelinho não deixa árvores de dignidade e ética em pé. Ficamos em dúvida se os fantoches somos nós ou eles, ou ainda, ambos.
Neste melodrama, aqui uso uma definição de Northrop Frye – comédia sem humor –, chamado política brasileira, continuamos indo ao encontro dos desejos dos que forjaram esta pátria frívola, estamos a entronizar o conformismo em relação ao descaso, a ignorância, a indignidade, a falta de ética, a falta de responsabilidade dos políticos e dos que os elegem, nós. Não lembramos em que votamos, porque a política partidária é menos importante que o futebol e a novela. Cremos que não conseguiremos mudar nada, logo não temos motivos para preocuparmo-nos com o que acontece com os nossos representantes. Yeda Crusius, governadora ELEITA do Rio Grande do Sul e José Sarney, senador ELEITO pelo estado do Amapá, são nossos representantes nas esferas a que se candidataram. Votamos, e essa primeira pessoa do plural não a uso porque haja votado, algum dia, em um dos dois, senão porque não me eximo da responsabilidade desta brincadeira de crianças ignorantes que são as eleições.
Ouvir de pessoas que não tiveram acesso à educação que a política (partidária) não serve para nada, que todos são corruptos e a situação individual de cada um prosseguirá igual independentemente do político eleito é aceitável, com todas as ressalvas que tenhamos de fazer, mas escutar esse tipo de asserções de universitários, não que um universitário, atualmente, seja um exemplo de distinção intelectual, em um país onde, nos últimos dez anos, popularizaram-se os computadores, a internet, o celular e os diplomas do ensino superior, mas isso mostra a universalização da ignorância, não, somente, política, mas também o descaso com senso do coletivo, pois um voto influencia ,em todos os níveis, todos os cidadãos.
Sarney com a sua oligarquia, ou nobreza, pois é um representante direto dos antigos povos que habitaram o que, hoje, é nosso país e exerce essa função de cacique há muitos anos, aos poucos deixando o legado à sua família, e Yeda a governadora que criou uma secretaria cujo comando era de seu marido, depois da separação a tal secretaria foi extinta, a grande mulher que faz os alunos da rede pública terem aulas em contêineres, aumenta a repressão policial sem diminuir os índices de violência e tem uma bela mansão que até hoje não se sabe de que lugar saíram os mais de 500 mil dólares que custou, são os políticos que deveriam envergonhar a sua classe. Contudo a sujeira está espalhada e poucos têm coragem de enfrentá-los, porque muitos outros saíram pela mesma porta. O problema é que a porta de saída é giratória e tais políticos saem, espairecem e voltam, vide Collor, pela mesma porta, com a mesma cara deslavada e com o mesmo voto do povo.
Somos responsáveis pela corja, todos, e seguiremos nesse teatro de fantoches bufões que estão a representar esse melodrama barato, mas não importa daqui a pouco começa a novela e hoje tem futebol. Viva o povo brasileiro!
Neste melodrama, aqui uso uma definição de Northrop Frye – comédia sem humor –, chamado política brasileira, continuamos indo ao encontro dos desejos dos que forjaram esta pátria frívola, estamos a entronizar o conformismo em relação ao descaso, a ignorância, a indignidade, a falta de ética, a falta de responsabilidade dos políticos e dos que os elegem, nós. Não lembramos em que votamos, porque a política partidária é menos importante que o futebol e a novela. Cremos que não conseguiremos mudar nada, logo não temos motivos para preocuparmo-nos com o que acontece com os nossos representantes. Yeda Crusius, governadora ELEITA do Rio Grande do Sul e José Sarney, senador ELEITO pelo estado do Amapá, são nossos representantes nas esferas a que se candidataram. Votamos, e essa primeira pessoa do plural não a uso porque haja votado, algum dia, em um dos dois, senão porque não me eximo da responsabilidade desta brincadeira de crianças ignorantes que são as eleições.
Ouvir de pessoas que não tiveram acesso à educação que a política (partidária) não serve para nada, que todos são corruptos e a situação individual de cada um prosseguirá igual independentemente do político eleito é aceitável, com todas as ressalvas que tenhamos de fazer, mas escutar esse tipo de asserções de universitários, não que um universitário, atualmente, seja um exemplo de distinção intelectual, em um país onde, nos últimos dez anos, popularizaram-se os computadores, a internet, o celular e os diplomas do ensino superior, mas isso mostra a universalização da ignorância, não, somente, política, mas também o descaso com senso do coletivo, pois um voto influencia ,em todos os níveis, todos os cidadãos.
Sarney com a sua oligarquia, ou nobreza, pois é um representante direto dos antigos povos que habitaram o que, hoje, é nosso país e exerce essa função de cacique há muitos anos, aos poucos deixando o legado à sua família, e Yeda a governadora que criou uma secretaria cujo comando era de seu marido, depois da separação a tal secretaria foi extinta, a grande mulher que faz os alunos da rede pública terem aulas em contêineres, aumenta a repressão policial sem diminuir os índices de violência e tem uma bela mansão que até hoje não se sabe de que lugar saíram os mais de 500 mil dólares que custou, são os políticos que deveriam envergonhar a sua classe. Contudo a sujeira está espalhada e poucos têm coragem de enfrentá-los, porque muitos outros saíram pela mesma porta. O problema é que a porta de saída é giratória e tais políticos saem, espairecem e voltam, vide Collor, pela mesma porta, com a mesma cara deslavada e com o mesmo voto do povo.
Somos responsáveis pela corja, todos, e seguiremos nesse teatro de fantoches bufões que estão a representar esse melodrama barato, mas não importa daqui a pouco começa a novela e hoje tem futebol. Viva o povo brasileiro!
2 comentários:
Boa noite!
Querido,saudades de ti.Enfim, a política nacional nunca esteve tão escrota, e tendência e piorar, viu?
Infeslimente, hoje a comunicação serviu por demais pra alienar os seres humanos, enfim não temos mais passeatas,ou protestos bendizentes.Os jovens, as pessoas em geral para se manifestarem : preferem o net e coisas do gênero.
Adorei o texto!Parafraseando uma frase de Shoppenhauer : O Brasil é um País de mau-gosto!
Bjos tudo de bom!
Muito boa a tua reaparição! Concordo. Temos um mau gosto terrível.
Beijos, querida Fyllos
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