Vemos, freqüentemente, intelectuais a declarar que a negação de algo, inclusive, do conhecimento de idéias que confrontamos caracteriza a ignorância. Concordo. Contudo há incoerência na atitude destes também, pois diversas vezes negam a alteridade de forma totalitária e com a mesma veemência que asseveram a ignorância.
Falo sobre o tema, porque há alguns dias, em um fórum de literatura, na internet, alguém mencionou o futebol e houve uma reação, creio eu, exagerada de parte de alguns circunstantes virtuais. Estes começaram a clamar o futebol como símbolo da ignorância do povo. Claro, sou um torcedor de futebol, um adorador desse “esporte”, que, hoje, mais é um comércio que, verdadeiramente, um esporte, porém o mesmo vale para as novelas, embora eu não as olhe, também não as repudio.
Podemos assistir a novelas, ver jogos de futebol, ir ao estádio, comemorar, gritar gol, contudo o que não se deve fazer é fechar os olhos para o resto dos acontecimentos que nos completam a vida. Isto é, assistir a novelas não é um problema, se o gosto individual as requer como fonte de entretenimento, o problema é que esta, na maioria das vezes, passa a reger a vida do povo, seus comportamentos, atitudes, vestimentas, seus heróis e ídolos. A novela e o futebol, usamos o termo novela em sentido metonímico para a televisão em si, têm, hoje, um papel parecido ao que a religião católica exercia anos atrás. Isso é uma desmedida grave, afinal, passamos a viver a ficção e tê-la como dogma, ou o esporte como dádiva, e sempre deus ao lado dos vencedores, como a religião fazia em massa e, atualmente, fá-lo com menor quantidade de pessoas.
Nada impede que um telespectador, um torcedor, um religioso conheçam literatura, filosofia, política, artes, etc. A questão fundamental está na escala de valores. Se sobrepujarmos conceitos menos importantes como guia de nossas vidas, teremos uma existência menos importante também. Se adotarmos idéias, ideologias de outros como nossas, nunca teremos a reflexão sobre o porquê vivemos e, enquanto isso, enriquecemos cofres alheios, e tornamo-nos pobres de espírito. Negar a alteridade é ignorância seja qual for o sentido dos vetores. Um fanático por novelas que pensa que a política é uma porcaria que não vale a pena ser entendida é tão ignorante quanto um “filósofo” cuja crença é que o futebol é veículo de alienação, pois o respirar futebol, sim pode ser alienante, mas o saber que existe e, se se gosta, acompanhá-lo é diversão.
Falo sobre o tema, porque há alguns dias, em um fórum de literatura, na internet, alguém mencionou o futebol e houve uma reação, creio eu, exagerada de parte de alguns circunstantes virtuais. Estes começaram a clamar o futebol como símbolo da ignorância do povo. Claro, sou um torcedor de futebol, um adorador desse “esporte”, que, hoje, mais é um comércio que, verdadeiramente, um esporte, porém o mesmo vale para as novelas, embora eu não as olhe, também não as repudio.
Podemos assistir a novelas, ver jogos de futebol, ir ao estádio, comemorar, gritar gol, contudo o que não se deve fazer é fechar os olhos para o resto dos acontecimentos que nos completam a vida. Isto é, assistir a novelas não é um problema, se o gosto individual as requer como fonte de entretenimento, o problema é que esta, na maioria das vezes, passa a reger a vida do povo, seus comportamentos, atitudes, vestimentas, seus heróis e ídolos. A novela e o futebol, usamos o termo novela em sentido metonímico para a televisão em si, têm, hoje, um papel parecido ao que a religião católica exercia anos atrás. Isso é uma desmedida grave, afinal, passamos a viver a ficção e tê-la como dogma, ou o esporte como dádiva, e sempre deus ao lado dos vencedores, como a religião fazia em massa e, atualmente, fá-lo com menor quantidade de pessoas.
Nada impede que um telespectador, um torcedor, um religioso conheçam literatura, filosofia, política, artes, etc. A questão fundamental está na escala de valores. Se sobrepujarmos conceitos menos importantes como guia de nossas vidas, teremos uma existência menos importante também. Se adotarmos idéias, ideologias de outros como nossas, nunca teremos a reflexão sobre o porquê vivemos e, enquanto isso, enriquecemos cofres alheios, e tornamo-nos pobres de espírito. Negar a alteridade é ignorância seja qual for o sentido dos vetores. Um fanático por novelas que pensa que a política é uma porcaria que não vale a pena ser entendida é tão ignorante quanto um “filósofo” cuja crença é que o futebol é veículo de alienação, pois o respirar futebol, sim pode ser alienante, mas o saber que existe e, se se gosta, acompanhá-lo é diversão.
Quanto mais pudermos usufruir de tudo que nos dê prazer, sem nos esquecermos de que a vida é uma, curta, rápida e a totalidade é bem maior que essa pequena coisa chamada ser humano, melhor. Enriqueçamo-nos intelectualmente e regozijemo-nos com o que nos dá prazer, para não sermos incoerentes com o nosso discurso.
3 comentários:
Daí a importância de se "sentir", e não apenas sentir...
Sentir com "qualidade" rsrsrsrs, ser pleno!
beijo
Gostei muito deste!
Amne
Que prazer, Poetinha, em ter-te aqui. Fico muito feliz que tenhas gostado. Beijos
Muito interessante.... mesmo!
Essa história de pessoas sendo incoerentes com o que pensam/dizem as vezes me deixa um pouco frustrada...
Acho que podemos nos divertir com coisas simples e "comuns" sem deixar de termos nossas próprias opiniões. Nada é proibido ou orbigatório... o que temos que saber é dosar e sermos felizes nas escolhas...
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