Somos corpo para sofrer, para doer e espírito para pensar e transfigurar o sofrimento e a dor em lamentação. Não acreditemos, contudo, em corpo/espírito como uma dicotomia, senão como uma completude inexorável ao ser humano. Observemos que me refiro ao espírito, ao convalescente sofredor da existência, no qual as chagas não se apagam.
Não sabemos quem predomina, pois, em situações abissais, o espírito cala a dor do corpo com sua força. Porém, muitas vezes o abatimento material da estrutura corpórea corrompe o espírito, inutilizando-o. É complexo e assaz explorado tal tema, entretanto, devemos refletir ao menos superficialmente sobre esse. Já discutimos sobre razão Vs. emoção, sensibilidade Vs. lógica, e pensar em corpo/ espírito não foge ao assunto, senão o enriquece.
Nas eras clássicas, sejam elas a greco-latina ou o classicismo advindo com o Renascimento, a proporção de tudo fazia-se indispensável. O bom, o belo e o verdadeiro eram características que computavam valor a tudo, eram inseparáveis e na falta de uma dessas as outras se perdiam. O médio era o ressaltado e o preferido. Sem demasiada parcimônia e sem exageros extravagantes. Os românticos jogaram o bem por terra, forjaram-se próprios deuses de suas obras e o espírito criador passou a ser colocado em primeiro plano, haja vista a falta de um modelo para guiar a composição, e a originalidade que fora alçada ao ápice da sociedade criativa. Herdemos, dos românticos, diversos valores, preceitos e preconceitos, mas também os sobrepujamos e tornamo-nos sujeitos pós-modernos. Que belo rótulo!
Hoje, esquecemos, ou simplesmente, ignoramos a importância de conhecer a tradição, rejeitamo-la, porque tudo muda rapidamente e, como o postula Octavio Paz, vivemos na era da “tradição da ruptura”. E assim, tornamo-nos seres cada vez mais vazios, espiritualmente, com o foco excessivo no corpo. Pensamos que o mundo é o que temos ao nosso redor, assim o foi e sempre o será. Triste ser humano pós-moderno, que, em tudo, tenta levar vantagem e não vê quão facilmente é ludibriado. Ludibriado, sim. Perdemos a capacidade de enxergar as diversas possibilidades de existência que poderíamos ter, porque não havemos tempo para tal, pois devemos cuidar do nosso corpo, já que este é o único que é, materialmente, visto. Demonstrações de saber não levam a nada. Somos teres humanos, com corpos belos, com caracteres maus e espíritos mentirosos. Assim chegamos à dicotomia não ditômica, corpo/espírito, tripartida em bom, belo e verdadeiro. Isto é o espírito não é ostentado e fica em repouso, cheio de preocupações acerca do conquistar bens materiais e ter um belo físico para exibir. E o porvir será vazio.
Não sabemos quem predomina, pois, em situações abissais, o espírito cala a dor do corpo com sua força. Porém, muitas vezes o abatimento material da estrutura corpórea corrompe o espírito, inutilizando-o. É complexo e assaz explorado tal tema, entretanto, devemos refletir ao menos superficialmente sobre esse. Já discutimos sobre razão Vs. emoção, sensibilidade Vs. lógica, e pensar em corpo/ espírito não foge ao assunto, senão o enriquece.
Nas eras clássicas, sejam elas a greco-latina ou o classicismo advindo com o Renascimento, a proporção de tudo fazia-se indispensável. O bom, o belo e o verdadeiro eram características que computavam valor a tudo, eram inseparáveis e na falta de uma dessas as outras se perdiam. O médio era o ressaltado e o preferido. Sem demasiada parcimônia e sem exageros extravagantes. Os românticos jogaram o bem por terra, forjaram-se próprios deuses de suas obras e o espírito criador passou a ser colocado em primeiro plano, haja vista a falta de um modelo para guiar a composição, e a originalidade que fora alçada ao ápice da sociedade criativa. Herdemos, dos românticos, diversos valores, preceitos e preconceitos, mas também os sobrepujamos e tornamo-nos sujeitos pós-modernos. Que belo rótulo!
Hoje, esquecemos, ou simplesmente, ignoramos a importância de conhecer a tradição, rejeitamo-la, porque tudo muda rapidamente e, como o postula Octavio Paz, vivemos na era da “tradição da ruptura”. E assim, tornamo-nos seres cada vez mais vazios, espiritualmente, com o foco excessivo no corpo. Pensamos que o mundo é o que temos ao nosso redor, assim o foi e sempre o será. Triste ser humano pós-moderno, que, em tudo, tenta levar vantagem e não vê quão facilmente é ludibriado. Ludibriado, sim. Perdemos a capacidade de enxergar as diversas possibilidades de existência que poderíamos ter, porque não havemos tempo para tal, pois devemos cuidar do nosso corpo, já que este é o único que é, materialmente, visto. Demonstrações de saber não levam a nada. Somos teres humanos, com corpos belos, com caracteres maus e espíritos mentirosos. Assim chegamos à dicotomia não ditômica, corpo/espírito, tripartida em bom, belo e verdadeiro. Isto é o espírito não é ostentado e fica em repouso, cheio de preocupações acerca do conquistar bens materiais e ter um belo físico para exibir. E o porvir será vazio.
3 comentários:
Bom dia!
Como estas querido?
Lindíssima reflexão.Sabe,logo o texto me fez pensar e lembrar de Sísifo .Em sentir, sofrer.Não pelo pesar da vida,mas pela inutilidade do seu trabalho.É algo sem sentido;
O castigo e, consequentemente,a vida, não somente a de Sísifo -mas a nossa – quando a sentimos, ela se torna sempre algo vazio.O único sentido que a vida traz consigo é a morte; o resto é criado por nosso psiquismo. A destruição ou a rachadura em tal ponto fere! Mas, se temos mais desprazer na vida do que prazer (e isso é claro,óbvio) então, qual o sentido? No entanto, seria possível uma vida sem sofrimento ou com o mínimo de sofrimento…? Acho que as coisas perderiam a graça. Perderíamos a paixão.
Beijos e afeto!!!
Ótimos pensamentos!!
Obrigado, Mary.
Fique à vontade!
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