Depois desta, podem desfazer a imagem que haviam criado de mim, podem olhar-me e pensarem que sou cruel, intolerante, quiçá um troglodita, mas jamais me chamarão de hipócrita. Uma vez, neste espaço, afirmei que rejeito, veementemente, o politicamente correto. Isso é uma máscara de nossa desfaçatez, disfarce de nosso medo, ou melhor, de nossa covardia. Abomino a mediocridade e a ignorância. Mas não a ignorância de quem é assim, porque não teve chance de ser de outra forma, senão a ignorância que tem a permissão complacente do que a carrega, pois essa ignorância, que aponta à mediocridade, pensa em linha reta, não questiona, aceita, grita, age autoritariamente.
As pessoas que carregam esse tipo de ignorância transnbordam mediocridade. Jamais questionam. Para elas, as coisas são como são e não há outra forma de o ser, são repetidoras de uma hegemonia que, em seu cérebro, deve haver sido sempre assim, pois o mundo nunca deve haver sido diferente, já que para imaginar algo distinto se requer um mínimo de capacidade de raciocínio. Essas pessoas, raramente, aceitam uma opinião, porque, para elas, o que fazem está perfeito, a discussão terminada, haja vista que ninguém as fará mudar de ponto de vista, muito menos perceberem que há outros que não são nem melhores, nem piores, apenas diferentes. Desculpem, respeitáveis leitores, este desabafo sem hipocrisia, digo sem diplomacia. Precisava fazê-lo! Ainda mais quando penso que essas pessoas educarão meus futuros filhos e serão os governantes na época de minha velhice. Ah, o presente, ah o porvir!