Não entendo as gotas. Obviamente, há tipos distintos delas: umas pingam, outras caem. As que pingam são de menor grandeza e sedução, pois fazem seu caminho pelos canos. As que caem são lindas, únicas, individuais, mas, ao tocar o solo, unem-se, formando um todo indivisível cuja função é rolar, descer, unir-se ainda mais.
As gotas escorrem, limpam as ruas da sujeira superficial, arrastando-a consigo, depositam-na em locais inapropriados e fazem crescer a superfície de água. Outras gotas ficam penduradas nas árvores, nas janelas, nas marquises e vão se soltando devagar, alongando-se, ficando presas por tênues espelhos líquidos quase imperceptíveis.
A melhor sensação é das gotas que vêm com tremenda força e, no momento do choque com o asfalto, geram mais uma quantidade considerável de gotas, cujo sentido é contrário das que descem, e logo após acabam tocando o solo novamente e aliando-se a todo aquele conjunto de gotas sem identidade específica, observadas como, simplesmente, água.
A chuva nada mais é do que um fenômeno climático, mas as gotas têm vida própria. São individuais até o momento de serem cooptadas pela imensidão delas, tornando-se um líquido uno, assim como a multidão das pessoas nas cidades: sem identidade, sem vontade, sem porquê, apenas, sendo!
As gotas escorrem, limpam as ruas da sujeira superficial, arrastando-a consigo, depositam-na em locais inapropriados e fazem crescer a superfície de água. Outras gotas ficam penduradas nas árvores, nas janelas, nas marquises e vão se soltando devagar, alongando-se, ficando presas por tênues espelhos líquidos quase imperceptíveis.
A melhor sensação é das gotas que vêm com tremenda força e, no momento do choque com o asfalto, geram mais uma quantidade considerável de gotas, cujo sentido é contrário das que descem, e logo após acabam tocando o solo novamente e aliando-se a todo aquele conjunto de gotas sem identidade específica, observadas como, simplesmente, água.
A chuva nada mais é do que um fenômeno climático, mas as gotas têm vida própria. São individuais até o momento de serem cooptadas pela imensidão delas, tornando-se um líquido uno, assim como a multidão das pessoas nas cidades: sem identidade, sem vontade, sem porquê, apenas, sendo!
8 comentários:
Nunca foste assim ...suave!Mesmo contráriado.
rs
bjo
Pois é. Às vezes, é bom deixar o pessimismo de lado.
Beijo.
Muy bello che, de a poco aprendiendo portugués para poder leer, entre otras cosas, este blog.
Un saludo, Facu.
Gracias, Facu.
Dale nomás. Seguí leyendo, pues los amigos son todo.
Un abrazo, che
perfeito..
Obrigado, Millie.
Seja bem-vinda.
Abraço
Muito legal. Criei toda uma imagem que me possibilitou ir além das gotas.Parabéns.
Obrigado, Cinthia.
Interessante tu pensares além das gotas.
Gosto quando isso acontece.
Abraço
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