Em uma aula de latim, conversávamos sobre a Fíbula de Preneste, uma fivela cujo valor é de ser o primeiro documento escrito em língua latina, na qual estava escrito “Manius me fecit Numerio” e que Manius nunca imaginaria que seria responsável pela primeira escrita conhecida em latim, a qual é de, aproximadamente, 600 a.C. Feita essa introdução, seria interessante abordar o tema da postagem de hoje: que diferença fez isso na vida de Manius? Viveu como um trabalhador e morreu, como acontecerá a todos que ainda existimos. Talvez, tenha sofrido, talvez, tenha sido infeliz, talvez, não.
A questão é que Cristo é conhecido por todos como um homem maravilhosamente bom (alguns acreditam ter sido Jesus mais que um homem, um semi-deus, com poderes divinos); Hitler é conhecido por todos como um homem terrivelmente mau (alguns acreditam não haver acontecido o holocausto e por isso Adolf não seria tão mau); Ricardo, o entregador de jornais na década de 50, é conhecido por alguns como um homem normal (alguns acreditam ser ele uma pessoa boa, outros pensam, exatamente, o contrário). Enfim, temos três personagens, mas poderiam ser os bilhões de pessoas que já habitaram a Terra.
A partir deles, perguntemo-nos: o que os faz, ou fê-los, diferentes em vida, isto é, para vida deles? Quem afirma que um deles foi mais feliz que o outro? Que alguns viveram sem angústias e os outros na agonia? Que uns sofreram mais que os outros? Ninguém poderá fazer tal afirmação, pois ninguém o saberá. O reconhecimento póstumo não muda a viva vivida de ninguém, o conhecimento em vida traz alegria por uns momentos, contudo não muda, drasticamente, a existência do ser. A transcendência, através das ações ou das letras, não nos faz melhor ou piores. Talvez, o esforço, para conseguir viver feito por Ricardo, tenha sido muito maior que o de Cristo, e Ricardo não tem uma linha nos livros de História.
Portanto, o ponto crucial da existência, quiçá, seja não se preocupar com a transcendência, senão existir vivendo, fazendo o que se gosta, pensando no presente, evitando desgastes desnecessários, veja bem, não se menciona falta de esforço para conseguir o que se quer, mas fazer de tudo para conseguir o que se quer; e se o desejado é atingir a transcendência, que se lute por ela, porém não nos enganemos, isto não nos fará melhores nem piores, afinal todos acabaremos da mesma forma: acabando.
A questão é que Cristo é conhecido por todos como um homem maravilhosamente bom (alguns acreditam ter sido Jesus mais que um homem, um semi-deus, com poderes divinos); Hitler é conhecido por todos como um homem terrivelmente mau (alguns acreditam não haver acontecido o holocausto e por isso Adolf não seria tão mau); Ricardo, o entregador de jornais na década de 50, é conhecido por alguns como um homem normal (alguns acreditam ser ele uma pessoa boa, outros pensam, exatamente, o contrário). Enfim, temos três personagens, mas poderiam ser os bilhões de pessoas que já habitaram a Terra.
A partir deles, perguntemo-nos: o que os faz, ou fê-los, diferentes em vida, isto é, para vida deles? Quem afirma que um deles foi mais feliz que o outro? Que alguns viveram sem angústias e os outros na agonia? Que uns sofreram mais que os outros? Ninguém poderá fazer tal afirmação, pois ninguém o saberá. O reconhecimento póstumo não muda a viva vivida de ninguém, o conhecimento em vida traz alegria por uns momentos, contudo não muda, drasticamente, a existência do ser. A transcendência, através das ações ou das letras, não nos faz melhor ou piores. Talvez, o esforço, para conseguir viver feito por Ricardo, tenha sido muito maior que o de Cristo, e Ricardo não tem uma linha nos livros de História.
Portanto, o ponto crucial da existência, quiçá, seja não se preocupar com a transcendência, senão existir vivendo, fazendo o que se gosta, pensando no presente, evitando desgastes desnecessários, veja bem, não se menciona falta de esforço para conseguir o que se quer, mas fazer de tudo para conseguir o que se quer; e se o desejado é atingir a transcendência, que se lute por ela, porém não nos enganemos, isto não nos fará melhores nem piores, afinal todos acabaremos da mesma forma: acabando.
8 comentários:
Não é fácil ter linhas na história, e com certeza poder ou fama seria a última coisa que Jesus desejaria, Jesus foi demasiadamente humano, inclusive todas suas ações foram embasadas nisso! Particularmente estou p/ conhecer alguém tão grande quanto Cristo e seus ensinamentos. Tenho que discorda em um ponto seu... O fato de todos nós igualmente acabarmos em algum dia, não impede a possibilidade de nos tornamos pessoas melhores no decorrer da vida, acho q isso é um fato, tire vc mesmo como exemplo!
http://dcosmo.blogspot.com
Tudo bem, contudo não disse que não poderíamos melhor, se é que existe melhor ou pior, senão que, empiricamente, isso não nos fará viver melhor, caso seja contrário à vontade de nosso espírito.
Seus comentários são enriquecedores. Por favor siga nas discussões!
Um grande abraço.
Certezas assustadoras, contundentes além do suportável. Magnitude: palavra perfeita visto tamanha grandeza de sentimentos. Corroboro com evidente verdade. Em determinado momento da história a vida nos impõe o seu basta esgotando toda e qualquer possibilidade de lutar contra. Perdermos as forças e involuntariamente abrimos a guarda. Assim, um dilema foi estabelecido.
Sou APAIXONADA POR PORTO ALEGRE, ASSIM MESMO: EM LETRAS ALÉM DE GARRAFAIS. Nasci carioca por mero engano dos cálculos da mamãe. Minh'alma é gaúcha. Falta muito pouco para que eu arrume tudo o mais por aqui e rume finalmente para o que considero o meu segundo colo de mãe: a capital gaúcha.
Caso decida visitar meu cantinho sugiro que não deixe o post do dia 01-01-2010 passar despercebido. Espero que goste.
Com extremo carinho e respeito Com carinho, Simplesmente Outono.
Bom... Acho q ser feliz ou viver melhor não é um lugar aonde se chegar mas sim como ir, é como vc vai e não aonde vc vai! O segredo está nas lentes que vc ver o mundo, em como vc ver as coisas ao seu redor, pior e melhor sempre existiram aqui, basta olhar uma criança passando fome na rua ou ver vc numa casa de praia curtindo a vida, com isso se gera uma perspectiva diferente de vida para ambos os lados. Apesar da vida ter seu lado ruim as vezes! Acho q o que ela tem pra dar de melhor não se compara com o que ela possa ter de ruim! Acho a vida bela e acredito que vale muito a pena viver, apesar disso ou apesar daquilo, enquanto estivermos vivos há esperança!
abraço!
http://dcosmo.blogspot.com
Olharei, sim, Simplesmente Outono. Fico feliz com sua presença neste espaço, pois tuas palavras são carregadas de lirismo.
Um grande abraço.
Diego, relamente, não entendi este último comentário.
Um abração!
"se é que existe melhor ou pior, senão que, empiricamente, isso não nos fará viver melhor, caso seja contrário à vontade de nosso espírito"
O que é viver melhor p vc? E como assim uma vontade do nosso espirito?
valeu!
Uso o conceito marxista de espírito. Algo que é profundo, mistura de intelecto, vontades, desejos e impulso.
Viver melhor, para mim, é se reprimir o mínimo possível, apenas fazendo-o quando estritamente necessário para obter algo desejado no futuro.
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