O que desperta um sentimento? O que faz outro adormecer? Sobrepõem-se uns aos outros em estado latente à mercê do acaso ou desaparecem e tornam a aparecer às vezes? Como sempre, respostas não são fáceis de serem dadas em qualquer campo da existência humana. Contudo, discorrer e refletir sobre fatos, pois sentir também é um fato, faz-nos construirmos uma idéia melhor sobre eles.
Os sentimentos são, ao que parece, uma bomba prestes a ser detonada, esperando uma fagulha para acender-se. Algo os desperta, algo os faz adormecer. Talvez, sejam como a visão. Quem não tem problemas visuais pode enxergar. Isso parece ser de uma redundância horripilante, mas relativizemos. Sem a luz, podemos ter a capacidade de ver, no entanto não o conseguiremos, pois temos a necessidade desse conjunto de fatores para usufruirmos o dom da visão. Assim, cremos, são os sentimentos. Necessitam de algo para desencadear-se em uma sucessão infindável de sensações. Observemos que, mais uma vez, falamos dos sentimentos, porém não pretendemos explicá-los, haja vista o mestre Sartre haver apenas escrito um esboço sobre eles, que maturidade temos para ir mais além?
A questão é a sobreposição de um ao outro. Não deixamos de estar felizes porque estamos tristes, senão a tristeza foi mais forte e empurrou a felicidade para o fundo poço do coração ou vice-versa. O primeiro problema dos sentimentos e sua sobreposição é o fato de serem arredios, impertinentes e controversos. Destarte, aparecem sem serem convidados, recusam-se a sair e contradizem-se o tempo todo. Entretanto, não os vejamos, simplesmente, como negativos, porque quando chegam e fazem-nos sentir bem, são as visitas inesperadas e agradáveis que queríamos há muito tempo. O segundo problema dos sentimentos é o que carregam consigo, isto é, um punhado enorme de sensações. Difícil explicar a diferença, contudo, tentemos. Os sentimentos seriam um gênero do qual fazem parte sensações que não têm fronteira fixa, podendo migrar de um ao outro. A ira desperta a raiva, o rancor, a sensação de impotência, de vingança de menosprezo. O amor, a de felicidade, de ansiedade, de desejo, de... tudo. Bem, talvez, as sensações não sejam um problema, senão uma necessidade dos sentimentos.
Enfim, não se conseguiu explicar nada, o que é comum neste espaço. Contudo, logrou-se pensar sobre os sentimentos e perceber que sempre estamos sentindo através das sensações, afinal estamos vivendo, e viver é sentir. Se soubéssemos o que desperta um sentimento e faz outro adormecer, poderíamos controlá-los, mas então a existência seria bem menos confiável e prazerosa ou dolorida. Sim, dolorida, pois a dor faz-nos viver, andar para frente, querer livrar-nos dela, mas para quem goza da felicidade, aproveitemo-la, embora sem saber de onde vem.
Os sentimentos são, ao que parece, uma bomba prestes a ser detonada, esperando uma fagulha para acender-se. Algo os desperta, algo os faz adormecer. Talvez, sejam como a visão. Quem não tem problemas visuais pode enxergar. Isso parece ser de uma redundância horripilante, mas relativizemos. Sem a luz, podemos ter a capacidade de ver, no entanto não o conseguiremos, pois temos a necessidade desse conjunto de fatores para usufruirmos o dom da visão. Assim, cremos, são os sentimentos. Necessitam de algo para desencadear-se em uma sucessão infindável de sensações. Observemos que, mais uma vez, falamos dos sentimentos, porém não pretendemos explicá-los, haja vista o mestre Sartre haver apenas escrito um esboço sobre eles, que maturidade temos para ir mais além?
A questão é a sobreposição de um ao outro. Não deixamos de estar felizes porque estamos tristes, senão a tristeza foi mais forte e empurrou a felicidade para o fundo poço do coração ou vice-versa. O primeiro problema dos sentimentos e sua sobreposição é o fato de serem arredios, impertinentes e controversos. Destarte, aparecem sem serem convidados, recusam-se a sair e contradizem-se o tempo todo. Entretanto, não os vejamos, simplesmente, como negativos, porque quando chegam e fazem-nos sentir bem, são as visitas inesperadas e agradáveis que queríamos há muito tempo. O segundo problema dos sentimentos é o que carregam consigo, isto é, um punhado enorme de sensações. Difícil explicar a diferença, contudo, tentemos. Os sentimentos seriam um gênero do qual fazem parte sensações que não têm fronteira fixa, podendo migrar de um ao outro. A ira desperta a raiva, o rancor, a sensação de impotência, de vingança de menosprezo. O amor, a de felicidade, de ansiedade, de desejo, de... tudo. Bem, talvez, as sensações não sejam um problema, senão uma necessidade dos sentimentos.
Enfim, não se conseguiu explicar nada, o que é comum neste espaço. Contudo, logrou-se pensar sobre os sentimentos e perceber que sempre estamos sentindo através das sensações, afinal estamos vivendo, e viver é sentir. Se soubéssemos o que desperta um sentimento e faz outro adormecer, poderíamos controlá-los, mas então a existência seria bem menos confiável e prazerosa ou dolorida. Sim, dolorida, pois a dor faz-nos viver, andar para frente, querer livrar-nos dela, mas para quem goza da felicidade, aproveitemo-la, embora sem saber de onde vem.
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