A situação é complicada, pois sempre é complicada para nós. Nós, estes seres que vieram depois da Revolução Francesa que começam a perceber apenas fragmentos do mundo, que passam a entender do interior, do psicológico, a pautar-se por estímulos exteriores. Ou também, nós, seres que rompemos com a visão plural dos politeístas, unificamo-nos com o cristianismo, rompemos com o tempo cíclico e fizemo-lo único e irreversível, e por mais que os valores mudem, que o mundo mude, seguimos com uma estrutura cristã, mesmo que esta seja subjacente ou profonada.
Não falemos de negar um deus cristão ou um deus qualquer, ou aceitá-lo, senão, simplesmente, termos, de algum modo, uma visão de mundo, extremamente cristã. A questão que se põe não é acreditar em um deus, não acreditar ou negá-lo, mas, sim, como compartilhamos uma visão de mundo. O tempo pessoal e irreversível, por mais que tenhamos a ilusão de que o tempo é cada vez mais rápido, é uma herança cristã, presa à cultura ocidental. Desprezamos o tempo cíclico, no qual o fechamento de um tempo é o iminente ressurgimento do passado. A história, embora neguemos qualquer vertente teleológica, caminha em linha reta, dirigindo-se para um futuro. Na era clássica, tínhamos a repetição do modelo, mas não de forma ritualística como nas sociedades primitivas. Atualmente, temos algo que é sempre a quebra do passado imediato, impulsionado pela mudança que se torna constante. Ou seja, a constância da sociedade moderna é a mudança. A própria vertente existencialista, por mais desapegada a um deus que seja, não se desvincula das idéias cristãs. Isto é, a liberdade provem do resultado de nossas escolhas, somos esse resultado, e estamos livres a fazer escolhas que dependem de nós mesmos, temos a liberdade de escolher. De onde virá esse pressuposto? Creio que ouvi falar em livre arbítrio. Ponto para o cristianismo.
Portanto, o ponto ao que devemos chegar é que podemos ser ateus, agnósticos, crentes, etc. mas toda a nossa visão de mundo, do Ocidente é claro, está assaz arraigada a visão de mundo cristã. Doutrina forte essa, criou paradigmas que estão subjacentes, inclusive, nos seu maiores negadores. Não sabemos quanto tempo isso levará para mudar e se mudará, pois o mundo deve acabar antes. Opa! O fim dos tempos também é uma idéia cristã. Logo, mais forte, mais poderoso e, perdão pela licença hiperbólica, mais onipresente, onipotente e onisciente que Deus, é o cristianismo. E, destarte, a situação é complicada para nós, porque por mais afastados que estejamos de uma doutrina cristã, sua visão de mundo é os nossos olhos.
Não falemos de negar um deus cristão ou um deus qualquer, ou aceitá-lo, senão, simplesmente, termos, de algum modo, uma visão de mundo, extremamente cristã. A questão que se põe não é acreditar em um deus, não acreditar ou negá-lo, mas, sim, como compartilhamos uma visão de mundo. O tempo pessoal e irreversível, por mais que tenhamos a ilusão de que o tempo é cada vez mais rápido, é uma herança cristã, presa à cultura ocidental. Desprezamos o tempo cíclico, no qual o fechamento de um tempo é o iminente ressurgimento do passado. A história, embora neguemos qualquer vertente teleológica, caminha em linha reta, dirigindo-se para um futuro. Na era clássica, tínhamos a repetição do modelo, mas não de forma ritualística como nas sociedades primitivas. Atualmente, temos algo que é sempre a quebra do passado imediato, impulsionado pela mudança que se torna constante. Ou seja, a constância da sociedade moderna é a mudança. A própria vertente existencialista, por mais desapegada a um deus que seja, não se desvincula das idéias cristãs. Isto é, a liberdade provem do resultado de nossas escolhas, somos esse resultado, e estamos livres a fazer escolhas que dependem de nós mesmos, temos a liberdade de escolher. De onde virá esse pressuposto? Creio que ouvi falar em livre arbítrio. Ponto para o cristianismo.
Portanto, o ponto ao que devemos chegar é que podemos ser ateus, agnósticos, crentes, etc. mas toda a nossa visão de mundo, do Ocidente é claro, está assaz arraigada a visão de mundo cristã. Doutrina forte essa, criou paradigmas que estão subjacentes, inclusive, nos seu maiores negadores. Não sabemos quanto tempo isso levará para mudar e se mudará, pois o mundo deve acabar antes. Opa! O fim dos tempos também é uma idéia cristã. Logo, mais forte, mais poderoso e, perdão pela licença hiperbólica, mais onipresente, onipotente e onisciente que Deus, é o cristianismo. E, destarte, a situação é complicada para nós, porque por mais afastados que estejamos de uma doutrina cristã, sua visão de mundo é os nossos olhos.
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