As palavras estão permeadas de significados construídos sócio-historicamente. Palavras estas que são empregadas em determinados contextos, iluminando-se, assim, algum ou alguns de seus sentidos e apagando-se outros que, contudo, seguem a existir em estado latente. Nessa senda, sempre, fazemos escolhas a partir da gama de signos que temos em nosso eixo paradigmático, para combiná-los no eixo sintagmático. Entretanto, para que servem esses conhecimentos se vemos uma crescente falta de compromisso com a palavra o que acarreta discussões cada vez mais vazias?
A falta de capacidade, por grande parte das pessoas em manter um debate no nível das idéias sem deslocar os argumentos para o lado pessoal, impede que a construção de nosso paradigma cultural ou destrói o que já foi erigido, pois não conseguimos não discutir pessoas. Esse fato leva a discussões que não passam de um amontoado de palavras cuja falta de conhecimento, no dizer, por parte dos "oponentes" transforma-se em simples despejo de palavras. Dizer que vamos a um compromisso e faltarmos, dizer que chegaremos em determinado horário e atrasarmo-nos, afirmar, com veemência, algo que, na verdade, não temos noção do que seja mostra, em uma esfera cotidiana, a falta de responsabilidade com a palavra. Aliando-se esses dois elementos observamos que os ataques pessoais são fruto da ignorância e da falta de ética. Ora, é muita falta de seriedade difamarmos alguém porque não concordamos consigo.
Além disso, as discussões são vazias, pois toda vez que tentamos dar um passo à frente, na melhor das hipóteses, não saímos do lugar. Debatemos entre os nossos pares, não discordamos de pontos divergentes, pois a intransigência é assobrosa. Então, para que lugar queremos avançar? De que nos serve avançar também, se vamos todos parar na mesma cova. E embora, aceitemos as idéias dos outros, nossa intenção, em última instância, é que os demais , conosco, concordem, porque sempre temos a percepção do mundo através de nós e, destarte, o nosso ponto de vista é o melhor, pois é único para cada um.
Além disso, as discussões são vazias, pois toda vez que tentamos dar um passo à frente, na melhor das hipóteses, não saímos do lugar. Debatemos entre os nossos pares, não discordamos de pontos divergentes, pois a intransigência é assobrosa. Então, para que lugar queremos avançar? De que nos serve avançar também, se vamos todos parar na mesma cova. E embora, aceitemos as idéias dos outros, nossa intenção, em última instância, é que os demais , conosco, concordem, porque sempre temos a percepção do mundo através de nós e, destarte, o nosso ponto de vista é o melhor, pois é único para cada um.
Portanto, cabe, discutindo simplesmente idéias, aceitarmos a posição do outro sem partirmos para ataques pessoais, embora o conjunto de idéias de um sujeito mostre quem realmente ele é. Mesmo assim, se tivermos responsabilidade no dizer, conseguiremos debater as idéias e, inclusive, fazermos o que é mais difícl, pois o orgulho nos achata: assumirmos que mudamos de opinião devido a capacidade argumentativa do outro. Porque, se atitude e discurso forem coerentes no sujeito, artigo raro esse, seremos, assim, sujeitos mais livres, haja vista que cumprimos um primeiro compromisso, o com nós mesmos.
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