O medo de que a única voz ouvida seja o eco da nossa é constante. A solidão é estar em companhia consigo mesmo, e nós somos tão rudes, tão maus, tão egoístas em nosso íntimo a ponto de nos refutarmos.
Estar só é estar acompanhado de tudo que se esconde dos outros, é estar com o eu que não mostramos a ninguém, é estar com nossas angústias, anseios, nossos desejos, nossas buscas, nossas recusas. Estar só é obrigar-se a estar acompanhado do silêncio eloqüente do nosso âmago, é escutar a voz interior contando-nos como somos de fato, o que temos de essência e o que mudou.
Mas, estar só é saber observar erros e acertos, é glorificar-se pelo que nos agrada, é arrepender-se das escolhas (e das renúncias, uma não vem sem a outra), é saber que a nossa existência é extremamente importante para nós apenas. Mas isso é o mais importante, pois somos nós os responsáveis por ela, e é a nos que deve interessar.
6 comentários:
No alto do cume da mais alta montanha, ou no vale mais profundo, você é o protagonista da história da sua vida....mas sempre deve ter espaço (acho) para alguém fazer uma 'ponta'..rsrs...abraço!
Débora
Sempre haverá esse espaço, mas mesmo o coadjuvante será observado desde nosso ponto de vista, haja vista que de sua história ele é o protagonista.
Abração. Bom (re)vê-la por aqui.
É... confirma minhas suspeitas do porquê eu não suportar estar só (no passado).
é assim mesmo, é suportar nossos erros, e aprender e se gostar, se aceitar. Ser completo. E então abrir as portas e janelas para receber os outros (no bom sentido, hehehehehe).
Curti teu texto, como sempre!
Obrigado, Liz. Eu gosto dos teus comentários!
Beijo.
Conciso e interessante.
Obrigado.
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