Oba! Mais um escândalo político no país. O congresso e as assembléias legislativas são a Disney da corrupção. É incrível, ou melhor, é, completamente, crível esse tipo de fato em nossas terras. Políticos fazem o que querem como querem, então todos dizem que isso é problema da impunidade. No entanto, e a impunidade das urnas cujos juízes somos nós? Essa também fracassou há tempos.
Quem fizer um trabalho de garimpo, na internet, poderá observar os discursos dos tucanos e dos democratas na época do mensalão. E, agora, a menos de um ano das eleições vêem-se imagens, que, por sinal, não dizem nada, de dinheiro em meias. É interessante ver como os acessórios estão bonitos, nessa moda corrupção Brasil, enfeitados com peixes e onças das notas de cem e cinqüenta. O discurso dos Democratas é rígido, firme, categórico. Claro que o fazem pelo curto prazo para as eleições. Expulsam algumas cabeças que já estão na forca e saem com a imagem irretocável de partido sério que pune os corruptos, pois ninguém se lembrará de que esse era o partido de ACM. Não se sabe onde é direita ou onde é esquerda. Não se tem um porto seguro para atracar. Então o cidadão desilude-se e não dá importância ao cenário político.
Entretanto, o pré-requisito para desiludir-se e cansar-se com a política é haver-se iludido, alguma vez, e ter-se desgastado, e esta geração não moveu sequer uma palha para sentir-se cansada. Bem, nossa geração já nasceu cansada. Na era do tudo pronto, observar, pensar e chegar a alguma conclusão cansa em demasia. Daí, chega-se ao mais banal do senso comum: “político é tudo igual”, “só tem ladrão”. E baseado nessas proposições, chega-se a lógica, extremamente arguta, do: “vou deixar alguém que não eu fiscalize, vote, decida. Não vou reclamar muito, em voz alta. Só vou reclamar pros amigos e xingar que isso eu sei fazer.” Que perspicácia! Sou capaz de apostar que mais de 70% dos eleitores não se lembram de seu voto integralmente, de presidente a deputado estadual, e 90% não faz a mínima idéia do que fizeram seus deputados e senadores nos últimos anos. E agora vemos o retorno, aliás para algo retornar deve haver partido alguma vez. Logo, vemos a massificação (esse é o termo) dos acontecimentos referentes a mais um mensalão, mas desta vez os papéis inverteram-se: os acusados passaram a acusadores e vice-versa.
E assim seguiremos pelo resto dos tempos, pois, há a democracia eleitoral, e nós somos os juízes que não culpamos ninguém. A impunidade no nível judiciário e no popular leva a isto: um país inteiro às cegas, de olhos vendados empurrando a culpa para o cego ao lado. Somos concretização do Mito da Caverna. Enfim, no Brasil, não votamos, torcemos, como no futebol, por um candidato ou por outro e reclamamos do árbitro, sem nos darmos conta que, em última instância, os árbitros somos nós. E alguém duvida como esse filme vai acabar? Em: pizza, bambino, pizza!
PS: no Uruguai, há dois domingos, elegeu-se presidente José Mujica. Esperamos que continue com a importante, necessária e coerente mudança do país. Temos plena confiança nele.
Quem fizer um trabalho de garimpo, na internet, poderá observar os discursos dos tucanos e dos democratas na época do mensalão. E, agora, a menos de um ano das eleições vêem-se imagens, que, por sinal, não dizem nada, de dinheiro em meias. É interessante ver como os acessórios estão bonitos, nessa moda corrupção Brasil, enfeitados com peixes e onças das notas de cem e cinqüenta. O discurso dos Democratas é rígido, firme, categórico. Claro que o fazem pelo curto prazo para as eleições. Expulsam algumas cabeças que já estão na forca e saem com a imagem irretocável de partido sério que pune os corruptos, pois ninguém se lembrará de que esse era o partido de ACM. Não se sabe onde é direita ou onde é esquerda. Não se tem um porto seguro para atracar. Então o cidadão desilude-se e não dá importância ao cenário político.
Entretanto, o pré-requisito para desiludir-se e cansar-se com a política é haver-se iludido, alguma vez, e ter-se desgastado, e esta geração não moveu sequer uma palha para sentir-se cansada. Bem, nossa geração já nasceu cansada. Na era do tudo pronto, observar, pensar e chegar a alguma conclusão cansa em demasia. Daí, chega-se ao mais banal do senso comum: “político é tudo igual”, “só tem ladrão”. E baseado nessas proposições, chega-se a lógica, extremamente arguta, do: “vou deixar alguém que não eu fiscalize, vote, decida. Não vou reclamar muito, em voz alta. Só vou reclamar pros amigos e xingar que isso eu sei fazer.” Que perspicácia! Sou capaz de apostar que mais de 70% dos eleitores não se lembram de seu voto integralmente, de presidente a deputado estadual, e 90% não faz a mínima idéia do que fizeram seus deputados e senadores nos últimos anos. E agora vemos o retorno, aliás para algo retornar deve haver partido alguma vez. Logo, vemos a massificação (esse é o termo) dos acontecimentos referentes a mais um mensalão, mas desta vez os papéis inverteram-se: os acusados passaram a acusadores e vice-versa.
E assim seguiremos pelo resto dos tempos, pois, há a democracia eleitoral, e nós somos os juízes que não culpamos ninguém. A impunidade no nível judiciário e no popular leva a isto: um país inteiro às cegas, de olhos vendados empurrando a culpa para o cego ao lado. Somos concretização do Mito da Caverna. Enfim, no Brasil, não votamos, torcemos, como no futebol, por um candidato ou por outro e reclamamos do árbitro, sem nos darmos conta que, em última instância, os árbitros somos nós. E alguém duvida como esse filme vai acabar? Em: pizza, bambino, pizza!
PS: no Uruguai, há dois domingos, elegeu-se presidente José Mujica. Esperamos que continue com a importante, necessária e coerente mudança do país. Temos plena confiança nele.
2 comentários:
Pois é amigo...eu sou do tipo que hay gobierno soy contra e estou mudando pra se hay corrupção soy contra,ou seja nesse circulo vicioso volto a ser contra el gobierno...rss
É DE CHORAR....
Abraço..parabéns pelo blog e pelos post's..estou te seguindo..
Pois é, mesmo. Está muito difícil!
Obrigado pelo comentário!
Abraços
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