sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Mundo ao contrário


        Ontem assistindo a uma reportagem, descobri que a Espanha apresenta um dos maiores índices de desemprego da União Europeia, sendo um país de emigração http://migre.me/7MyQy . É sabido que, nos últimos anos, a Espanha colocou diversas barreiras para imigrantes que lá chegavam. Obviamente deviam proteger-se, estavam resguardando-se. Contudo, imaginem o mundo de “Patas arriba”, como o título de Galeano, e os espanhóis aportando à América novamente, mas desta vez na condição de sujeitado. Haveria sentimento de vingança, merecimento ou bajulação? Fiquemos com a primeira opção, apenas para brincar de faz-de-conta.
            Imaginem se:
            O indígena peruano for promovido a gerente, pois um espanhol agora é o limpador de banheiros, embora seja engenheiro.
            O gaucho uruguaio seja capataz da fazenda, porque há um espanhol como peão, embora veterinário.
            O guarani paraguaio seja gerente da loja, pois o camelô, pós-graduado em administração e economia, é espanhol.
            O asteca mexicano efetivado diretor da escola, porque o servente espanhol, pedagogo de formação, não é capaz de entender a cultura americana.
            Faz de conta, só faz de conta.

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