Piscou
os olhos, tentando ver o que acontecia. Ele. Ele mesmo. Tudo para si próprio. Caminhava
e podia ver quantos mundos quisesse. Tudo a partir dele. Dele mesmo. Um amigo. Um
herói. O herói. Sem pai, nem mãe, cuspido no mundo, escarrado no chão, jogado
na lama. Lama da existência humana. Herói. Herói de si mesmo. Herói que
aprendeu a aprender. Herói sem dó nem piedade, com dor e com vontade de ser herói.
Herói de que mesmo? Herói de quem mesmo? Herói dele. Herói de si. Herói de si
mesmo. Tudo o que sempre fora: ele mesmo por si próprio. Herói do mesmo, herói
do nada. A gota de sangue escorreu pelo seu olho, fechando a história que nem
ao menos começou.