Falta de vontade, ou melhor, vontade há o que falta é motivação. Somos movidos por desejos. Assim, quando objetivamos algo, percorremos a distância entre o ponto onde estamos e o objeto de desejo – leia-se aqui objeto como tudo o que nos rodeia, um bem material, uma satisfação espiritual. Chegados ao ponto que queríamos, incorporamos o bem-estar e passamos a tratar aquilo com naturalidade, então, aquilo, que fora força propulsora do movimento, é agora estagnação. Há casos mais graves cujos objetos, dantes de desejo, passam a ser incomodativos, mas isso é bom, pois, pelo menos, revira a situação de conforto.
Feita a introdução, já está tudo dito, pois não há motivação para se chegar ao final do texto. Tudo se tornou corriqueiro, nada de novo para ascender o motor e mover a máquina, “Tenho que arrumar a mala”, diria Pessoa, entretanto há momentos em que o melhor é ficar espreitando a vida, sem sair do lugar. Visão pessimista, a solução é a morte! Calma, cara leitora (obrigado, Machado), precisamos nos reorganizar e começar ver as mesmas coisas por outro ponto de vista. Precisamos rever o que queremos para nós mesmos e começar a valorizar tudo pequeno que nos cerca. Para por aqui, pois este foi um texto de auto-ajuda – leia-se auto, como por si próprio e a si próprio, mesmo! É um texto egoísta.
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