Quando não nos contentamos com algo, buscamos readaptar-nos. Quando não nos adaptamos com alguém, procuramos modificar-nos, modificar a outra pessoa ou, simplesmente, afastar-nos. Contudo, que devemos fazer quando não nos adaptamos com nós mesmos? Aí reside uma grande dificuldade: o problema de convivência que temos conosco.
Algo se modifica em nós às vezes, seja uma situação, seja um modo de perceber o mundo que nos rodeia ou a forma de perceber-nos. Com algo modificado, temos a sensação de que estamos inadaptados ao nosso corpo, ao nosso convívio, à nossa existência. Podemos não nos contentar conosco ou, pelo contrário, contentar-nos em demasia, que esses extremos nos fazem sentir, quer plenos, quer vazios, estranhos a nós. Isso nos obriga a repensarmos a nossa vida, os nossos comportamentos, enfim, em repensar-nos.
A “auto-inadaptação” é a mais complicada de todas as inadaptações porque a única salvação, após um longo tempo de angústia, é a nossa modificação como fruto de muita reflexão. Parece paradoxal pensarmos em inadaptação à nós, pois somos obrigados a conviver conosco as vinte e quatro horas do dia, daí temos de encontrar a solução o quanto antes possível.
Repensada a nossa existência, novamente adaptados à nós, seremos outros e com novas possibilidades de inadaptação. Sempre é assim. A vida é cíclica. Temos problemas, resolvemo-los, para depois termos outros problemas para serem resolvidos e nunca chegamos a uma síntese nessa pseudo-dialética. Somos alvo de nossas angústias, suportamos todos os elogios e mal tratos, todas as ansiedade e felicidades, sempre moldando-nos, parcialmente ao menos, às circunstâncias impostas pela existência.
Portanto, a dura convivência com momentos freqüentes de oscilações interiores é a vida. A vida é constante readaptar-se, repensar-se, reviver-se. Tudo está interligado. Todas as adaptações e inadaptações criam um circuito, no qual uma estabiliza ou desestabiliza a outra. Readapto-me, logo existo.
Algo se modifica em nós às vezes, seja uma situação, seja um modo de perceber o mundo que nos rodeia ou a forma de perceber-nos. Com algo modificado, temos a sensação de que estamos inadaptados ao nosso corpo, ao nosso convívio, à nossa existência. Podemos não nos contentar conosco ou, pelo contrário, contentar-nos em demasia, que esses extremos nos fazem sentir, quer plenos, quer vazios, estranhos a nós. Isso nos obriga a repensarmos a nossa vida, os nossos comportamentos, enfim, em repensar-nos.
A “auto-inadaptação” é a mais complicada de todas as inadaptações porque a única salvação, após um longo tempo de angústia, é a nossa modificação como fruto de muita reflexão. Parece paradoxal pensarmos em inadaptação à nós, pois somos obrigados a conviver conosco as vinte e quatro horas do dia, daí temos de encontrar a solução o quanto antes possível.
Repensada a nossa existência, novamente adaptados à nós, seremos outros e com novas possibilidades de inadaptação. Sempre é assim. A vida é cíclica. Temos problemas, resolvemo-los, para depois termos outros problemas para serem resolvidos e nunca chegamos a uma síntese nessa pseudo-dialética. Somos alvo de nossas angústias, suportamos todos os elogios e mal tratos, todas as ansiedade e felicidades, sempre moldando-nos, parcialmente ao menos, às circunstâncias impostas pela existência.
Portanto, a dura convivência com momentos freqüentes de oscilações interiores é a vida. A vida é constante readaptar-se, repensar-se, reviver-se. Tudo está interligado. Todas as adaptações e inadaptações criam um circuito, no qual uma estabiliza ou desestabiliza a outra. Readapto-me, logo existo.
4 comentários:
Se isso td for uma busca pela felicidade, acredito q seja mais uma questao de como ir do que um lugar aonde se chegar...
abraço
Mas o que não é busca pela felicidade?
Abraço
Imagino que para alguns, essa "auto-adaptação" seja mais fácil que para outros...Dependendo da forma com que cada um leva certas certezas sobre si.
Se é um tipo de pessoa muito "rígida", com certeza fica mais difícil, pois a flexibilidade não costuma fazer parte do cotidiano, já aqueles mais flexíveis tem o poder de se auto-adaptar mais fácilmente.
Mas concordo plenamente:
"Readapto-me, logo existo."(2)
Beijo enorme.
Boa, Anne. Eu não tinha pensado por esse lado.
Beijão.
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