Ninguém é dono dos sentidos que produz. Então, sabemos que uma frase, um texto, uma obra de arte é uma constante negociação entre locutores e interlocutores. As palavras vêm permeadas de significações subjetivas que impossibilitam sua expressão total, logo elas nunca alcançam a completude.
Dessa forma, a comunicação sempre depende de algo mais, de uma negociação de sentidos, de uma projeção de imagens. Então, chegamos a um ponto interessante para desmitificar uma prática recorrente entre “críticos” de literatura, “professores” de literatura e o senso comum, influenciado pelos dois primeiros. Essa prática diz respeito à clássica pergunta “o que o autor quis dizer?”. Bem, para responder a essa questão, necessitaríamos de uma conversa com o autor, precisaríamos que ele estivesse vivo e se lembrasse, exatamente, do que quis dizer.
Portanto, passemos a outras formulações, tais quais os sentidos que estão postos na obra e podem ser encontrados e justificados. Quem faz isso são os críticos de literatura e os professores de literatura, contudo, infelizmente, esses profissionais estão em menor número do que os “críticos” e os “professores”. Retomando: os sentidos produzidos por um autor em determinada obra vêm permeados de outras significações que, muitas vezes, passam despercebidas pelo artista e dão margem para que o interlocutor perceba-as, aproprie-se delas e crie a sua própria leitura. Essa leitura se bem justificada passa a ser mais uma leitura tão perspicaz quanto a do autor.
Assim, uma obra que permite muitas possibilidades de leituras acaba por tornar-se um clássico, sem que uma interpretação de sentidos exclua a outra. Nessa senda, as aberturas de interpretação permitem que se busquem os sentidos mais recônditos sem esgotá-los, lembrando-se sempre que isso tudo, para ter valor, precisa ser extremamente bem justificado, abrindo possibilidades para várias abordagens da obra de arte. Portanto, a negociação de sentidos não termina nunca mesmo que não exista mais o outro negociante.
Dessa forma, a comunicação sempre depende de algo mais, de uma negociação de sentidos, de uma projeção de imagens. Então, chegamos a um ponto interessante para desmitificar uma prática recorrente entre “críticos” de literatura, “professores” de literatura e o senso comum, influenciado pelos dois primeiros. Essa prática diz respeito à clássica pergunta “o que o autor quis dizer?”. Bem, para responder a essa questão, necessitaríamos de uma conversa com o autor, precisaríamos que ele estivesse vivo e se lembrasse, exatamente, do que quis dizer.
Portanto, passemos a outras formulações, tais quais os sentidos que estão postos na obra e podem ser encontrados e justificados. Quem faz isso são os críticos de literatura e os professores de literatura, contudo, infelizmente, esses profissionais estão em menor número do que os “críticos” e os “professores”. Retomando: os sentidos produzidos por um autor em determinada obra vêm permeados de outras significações que, muitas vezes, passam despercebidas pelo artista e dão margem para que o interlocutor perceba-as, aproprie-se delas e crie a sua própria leitura. Essa leitura se bem justificada passa a ser mais uma leitura tão perspicaz quanto a do autor.
Assim, uma obra que permite muitas possibilidades de leituras acaba por tornar-se um clássico, sem que uma interpretação de sentidos exclua a outra. Nessa senda, as aberturas de interpretação permitem que se busquem os sentidos mais recônditos sem esgotá-los, lembrando-se sempre que isso tudo, para ter valor, precisa ser extremamente bem justificado, abrindo possibilidades para várias abordagens da obra de arte. Portanto, a negociação de sentidos não termina nunca mesmo que não exista mais o outro negociante.